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Ufa, pensei que não chegaria aqui. Suspiro aliviado.
Senhor: Quer que eu segure sua bolsa?
Ela: Sim, muito obrigada!
Ajustou os fones nos ouvidos e ligou o seu MP, sei lá o que, hoje são tantos, que é quase impossível distinguir o 3 do 4 do 5 do 9 ou sei lá até que número vai, prova do nosso mundão globalizado.
Ela ouvia Boys don't cry do Cure, e começou viajar, era como se não estivesse ali, naquele ônibus lotado, sendo amassada, empurrada e tudo mais que se pode acontecer dentro de um ônibus cheio.
Lembrou do antigo namorado, da tatuagem que fizeram, das juras de amor, dos momentos mais marcantes, de descer a serra de moto, que emoção!
Fechou os olhos, parecia que estava vivenciando tudo aquilo novamente.
Suas mãos agarrando a cintura dele, os cabelos fora do capacete voavam com o vento forte, que deliciosa sensação de liberdade!
Se bem que no começo ela teve medo, mas ele a beijou de uma form...
Senhor: Moça?! Tá tudo bem?!
Ela voltou à realidade e respondeu seca: Sim.
Senhor: É que cê tava cum zóio fechado, fazeno cara e boca, que eu achei que num tava bem não viu?!
Ela sorriu sem graça. Ele retribuiu o sorriso, os dois se calaram, a música agora era I want hold your hand, dos Beatles, mas ela voltou ao Cure, queria sentir toda aquela sensação novamente.
Desta vez não fechou os olhos.
Ela: Aonde eu parei mesmo?! - Falou para si. Ahh, no beijo, e que beijo.
O beijo que passou segurança, era impressionante como ele sabia acalmá-la, como se davam tão bem, se comunicavam através de olhares, adivinhavam pensamentos, e do nada tudo acabou. Tudo acabou, ela sentia falta.
Ergueu a manga da blusa, e ficou olhando pra tatuagem, não teve coragem de apagar ou fazer outro desenho em cima, o símbolo da eternidade ainda estava lá, não tinha como não olhar para a tatuagem e não se lembrar de todas as histórias que viveram juntos, inclusive quando se conhceram...vagou lugar ao lado do Senhor, ela sentou-se, pegou sua bolsa e agradeceu.
Senhor: Por nada, sabe moça cê me lembra alguém!
Ela olhou espantada, mas não disse nada, sorriu, não tinha interesse de iniciar uma conversa, mas o senhor insitia.
Senhor: não sei bem, se são seus zóios, mas cê me lembra alguém, esses zóio triste sabe? cê ta triste o eles são assim memo?
Ela suspirou, e disse: São assim mesmo! Pensando no tamanho atrevimento do senhor.
Senhor: Acredito que não viu?! Alguma coisa contribuiu pra essa tristeza toda não?! Sabe moça, a vida muito curta sabe, eu já perdi tanta coisa, por causa do meu orguio bobo, fui idiota, se pudesse consertar faria tudo diferente.
Ela não deixou que ele percebesse que estava interessada em sua filosofia, ele continuou, ela ouvia tudo com cara de descaso.
Senhor: Moça, agora a gente tá qui, daqui um poco a gente num sabe se tá ou não, é compricada essa vida nossa não?! Com todo respeito cê é muito linda, só o que estraga, são esses zóios tristes, aposto que eles já foram felizes.
Parou por um instante, ela ficou refletindo, depois da separação a vida tinha perdido a graça, ele continuou...
Senhor: A urtima coisa Moça, perde tempo não?! Devova a aligria de volta a seus zóio. Agora eu vo desce, tchau, pense no que eu disse.
Ela pensou, tudo fazia sentido, a separação tinha sido por culpa dela, mas lembrou que pediu pra voltar, mas ele já não a queria mais, já tinha feito outra tatuagem no local da deles, e seguiu seu rumo.
Como é que poderia correr atrás de uma alegria que a evitava?
Tirou os fones das orelhas, talvez ela deveria seguir seu rumo também, mas será que a felicidade não era ao lado dele? Todos os momentos não significaram nada?
Uma lágrima molhou o rosto, ela a secou rapidamente.
Senhora: Tá tudo bem?
Ela: Sim, está.
Levantou e desceu antes que ouvisse mais uma filosofia de vida.
Estes são textos maravilhosos, com uma riquesa de detalhes e sensibilidade. Não sei se foi você quem escreveu ou se copiou de algum escritor de alta qualidade, a verdade é que o texto. parabéns pela qualidade das palavras.
ResponderExcluirO texto parece que foi retirado da vida de alguém,estou certo?
ResponderExcluirAkakakkaakaa Ciço, aqui é apenas um hobby, tanto que nem divulgo nada, escrevo pra mim, neste aspecto sou um pouco egoísta, escrevo aquilo que sinto, é como se fosse um diário saca?! Mas este texto foi uma invenção, este eu não vivenciei.
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